LXI (Espiral)


É a forma dos embriões, cornos, remoinhos, furacões e galáxias, o desenho da energia quando abandonada a si mesma, o desenho do crescimento sem entraves mas equilibrado.

Galáxia em espiral

Os motivos espirais são correntes no simbolismo da religião, da arte, dos sonhos, dos contos tradicionais e da mitologia. Matematicamente uma espiral é simplesmente uma linha que cresce continuamente na direcção do seu próprio centro ou para fora do mesmo. Mas o seu poder simbólico está na evocação de um percurso arquetípico de crescimento, transformação e viagem psicológica ou espiritual. É um símbolo cósmico que pode representar uma ou outra das várias dualidades: aumento ou redução, ascensão ou descida, evolução ou involução, esplendor ou decadência, acumulação ou dissolução, crescimento ou decrescimento, expansão ou contracção, oferta ou recepção, revelação ou dissimulação. A dupla espiral combina os opostos num só gesto.

 
ADN em forma de espiral dextrógira


O caminho de Ascenção e descida entre o céu e a terra é feito por espirais que se estendem infinitamente nas duas direcções. As divindades e os humanos comunicam entre si ao longo de espirais. Toda e qualquer espiral natural tem um centro de equilíbrio ou olho calmo (o olho da tempestade), à volta do qual giram o movimento e a turbulência. O Olho da espiral evoca o nosso próprio centro, a origem divina, o «eu sou» e a semente da consciência. Sugere o olho da sabedoria, que "tudo observa mas nunca se envolve".


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